Registamos para a posteridade as trolhices que ouvimos todos os dias. E aquelas em que pensamos. Não temos nada contra os trolhas (operários especializados da construção civil). Apreciamos a criatividade.

terça-feira, 31 de março de 2009

A educação do macho I

Dizem que ir para a tropa faz do rapaz um homem. Tretas! Balelas! Eles bem correm, aprendem a usar armas e a dizer algumas patranhas sobre a defesa da pátria, mas no fundo, no fundo, voltam de lá na mesma. Leia-se, saem do seu treino militar tão amélias como entraram. Pelo menos, para o que importa. Estou-me nas tintas para saber se os meninos dormiram no mato, com o bichedo todo, durante a semana de campo. Ou se o sargento da instrução era dos mauzinhos e lhes gritava o dia todo, mandando-os encher às 200 de cada vez. Vale-lhes de muito, na hora H. Nos momentos da verdade, quando é preciso ter atitudes à homem, a maior parte dos meninos não os tem no sítio. Sim, estou a falar nos cojones, mesmo. Trolha que é trolha pode falar do tomatal as vezes que quiser.
A receita infalível para magalas e ex-magalas, nas suas várias sub-espécies, é só uma: a escola das obras! Garantia de barba rija e pêlos no peito. Serve ainda de ginásio, à pala. O convívio com a classe obreira permite alargar o léxico de expressões chulas, boas para usar no trânsito.
Ora aqui vai a receita: inscreva o mancebo numa obra à escolha. Construir muros não conta. Faça-o carregar baldes de massa, 15h ao dia. Repita o processo durante umas semanas, até a carne estar firme. Não ligue, se ele voltar a chorar porque arranhou as mãos ou lascou a unha. Isso faz parte do processo. De seguida, ponha-o a assentar tijolos e a atirar pazadas de areia e cimento para uma misturadora, alternadamente. Este procedimento vai definir as formas. No final, lave abundantemente. Sirva a gosto.

1 comentário:

British Cashew disse...

Querida Borbie:

Inscrevi o meu puto numa obra mas ele continua amélia.
Será que isto resulta mesmo?

ass:
Aspirante a Dona de Casa Desesperada